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quarta-feira, 24 de junho de 2015

DIA NACIONAL DA ARAUCÁRIA

No Dia Nacional da Araucária, UFPR distribui 1,5 mil mudas da espécie



Em comemoração ao Dia Nacional da Araucária, celebrado nesta quarta-feira (24), o Setor de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Paraná (UFPR) faz uma distribuição especial com 1,5 mil mudas da espécie, que está ameaçada de extinção.
A doação das mudas será das 8h30 às 12h e das 13h30 às 17h, no Departamento de Fitotecnia da UFPR que fica na Rua dos Funcionários, 1.540, no bairro Juvevê. Junto com as plantas será distribuído um encarte sobre como cultivar a árvore.
Uma pesquisa divulgada recentemente pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) pode salvar o futuro da espécie, que também é conhecida como pinheiro-do-Paraná. O estudo levou onze anos para ser colocado em prática, aponta o engenheiro florestal e pesquisador Ivar Wendling.O projeto consiste em, basicamente, obter um plantio maior da espécie e ter uma reprodução antecipada, o que também garante retorno econômico aos produtores de pinhão – semente da araucária que é encontrado dentro da pinha, que é fruto da espécie.
A técnica é feita com uso de brotos extraídos da copa de árvores de araucárias adultas. Desde estão, a espécie era plantada somente através da semente – pinhão. As mudas são enxertadas e permitem que produtores obtenham árvores mais baixas, entre dois e cinco metros de altura, segundo o pesquisador

Em uma situação normal, as árvores de araucária levam, em média, de 10 a 12 metros de altura para começar a produzir. Com o novo processo, os produtores terão a possibilidade de formar "pomares" da espécie, garante Wendling. Por enquanto, o processo foi implantado somente na sede da Embrapa, em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba.
"A ideia é sempre trabalhar com a conservação da espécie mediante o uso. Então, se nós dermos a alternativa para o produtor de usá-la e tirar recurso, renda, ele vai, automaticamente, ele vai plantar mais e preservar a espécie", ressalta o pesquisador.
Pinhão
Atualmente, a colheita da semente é artesanal e extrativista e ocorre normalmente no final de março a julho. Contudo, uma determinação do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) permite a colheita e comercialização apenas após o dia 1º de abril.

A determinação, conforme o IAP, também é para garantir a preservação da espécie e evitar a comercialização de pinhões que ainda não estejam completamente "maduros".
Além da questão da data, também foram estipuladas novas regras para a colheita a partir deste ano como: a proibição da comercialização das pinhas imaturas, aquelas com coloração verde e que têm o pinhão com casca esbranquiçada e úmida e o abate dos pinheiros nativos adultos portadores de pinhas nos meses de abril, maio e junho. Quem for flagrado cometendo alguma irregularidade está sujeito a multa.
A iguaria, que é típica do Sul do país, é conhecida pelo aporte de energia e calorias que pode fornecer para trabalhadores, atletas, crianças e adolescentes em fase de crescimento. Mas é seu potencial como alimento funcional que tem atraído o interesse dos pesquisadores. "É um alimento sem glúten, com altos teores de proteínas, fibras alimentares e amido", explica Cristiane Helm, que também é pesquisadora da Embrapa.

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