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quarta-feira, 28 de agosto de 2013



        PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO 
               SÃO PAULO



O prefeito Fernando Haddad (PT) e o secretário de Educação César Callegari (PSOL) apresentam, um novo programa para a rede municipal de ensino. Chamado “Mais Educação São Paulo”, o pacote de iniciativas faz clara referência ao programa de ensino integral do governo federal criado por Haddad enquanto ministro. As escolas públicas municipais terão um novo regimento geral que mudará a rotina dos estudantes e professores: provas a cada dois meses (bimestrais), lição de casa, notas de 0 a 10 e boletim que poderá ser consultado pelos pais na internet.”
A escola paulistana resgata, depois de mais de 2 décadas, as tarefas escolares, os boletins, as notas e as avaliações bimestrais. 

 Segundo o secretário municipal de educação, César Callegari, estes retornos estão associados as estatísticas e dados que revelam grande quantidade de estudantes que ao findar o Ensino Básico apresentam deficiências em leitura, escrita, cálculos e outros quesitos básicos que as escolas deveriam lhes prover.

Ao completar o Ensino Fundamental os dados oficiais apresentados pela prefeitura de São Paulo indicam que apenas 23% dos alunos apresentam nível adequado ou avançado em língua portuguesa e, em matemática, este índice é ainda pior, somente 10% dos estudantes apresentam este nível de aproveitamento.

Isso significa que, em cada 4 alunos apenas 1 tem a preparação esperada ao final do Ensino Fundamental em português e, em matemática, a proporção é de apenas 1 em cada 10 estudantes. 
 Com estes dados podemos atestar a falência do sistema educacional da forma como está estruturado e em funcionamento. 
As alterações propostas para o município de São Paulo, a maior e mais rica cidade do país e da América Latina são importantíssimos e decisivos para uma guinada na educação local.

A aprovação pelos deputados, no congresso nacional, da destinação de 50% das verbas do pré-sal para a educação somente terá os esperados resultados se a política educacional for consistente e capaz de estipular metas ao mesmo tempo em que valoriza os professores e promove capacitações que lhes possibilitem melhorar a qualidade do processo de ensino-aprendizagem.
Ao oferecer aos professores, através destas medidas, a adoção de instrumentos e práticas que se mostravam eficientes mas que foram erroneamente detectadas como ultrapassadas por algumas linhas de pensamento pedagógico, a educação paulistana demonstra coragem e ousadia. Devolvem ao cotidiano escolar elementos como avaliações bimestrais regulares, notas, tarefas e o acompanhamento dos pais pela internet com a promessa de boletins online.
Os resultados não serão imediatos. As novas gerações de alunos das escolas de São Paulo certamente irão encontrar dificuldades em compreender e admitir os novos procedimentos já que há 21 anos isso não se aplica na rede pública municipal da capital dos paulistas. A reprovação, outra prática resgatada, pode inicialmente ocasionar sustos e problemas, mas a promessa é a de que antes de reprovar serão dadas oportunidades, como suporte, reforço e acompanhamento em relação aos alunos com dificuldades e rendimento abaixo do esperado.
As medidas visam estimular o retorno – dentro de um novo contexto – a uma escola em que a produção do aluno, o acompanhamento e orientação dos professores, a participação da família e o monitoramento dos gestores da educação pública permitam ao estudante melhorar seu rendimento, resgatar sua autoestima, alcançar as metas estipuladas quanto ao seu aprendizado em todas as disciplinas e, em especial, compreender a importância do estudo e dos conhecimentos trabalhados em sala de aula para sua vida e do mundo em que está inserido.
As atividades regulares em sala de aula, apoiadas pelas tarefas, avaliadas através das provas e testes bimestrais, com acompanhamento dos especialistas presentes nas escolas e com plena ciência por parte das famílias em tempo real através da divulgação via internet são meios e práticas que certamente podem contribuir para que os atuais índices de aproveitamento dos estudantes paulistanos sejam elevados a patamares satisfatórios, em que a maioria dos alunos saiba ler, escrever, calcular, relacionar fatos, compreender o mundo em que vive… Com isso, a meta maior, além dos resultados quanto a notas, ultrapassando as metas de ensino-aprendizagem, o que se pretende é a cidadania, a ética, a qualidade de vida, a prosperidade e a felicidade geral da nação e de cada família e aluno em particular…

Artigo de Karina Yamamoto. Publicado pelo UOL Educação)

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